Fases de uma lua

Postado por Tatiana Rodrigues | terça-feira, maio 27, 2008 | 2 comentários »

Sou uma lua.
Talvez com fases de ciclos ainda mais reduzidos e bem mais acentuadas que simples mudanças de "crescente" para "cheia".
Devo confessar que não é algo que me agrada e que cada transformação de fase é feita com tranquilidade e alegria.

Me encontro em um desses momentos que sinto dificuldade de expressar, aliás, de entender mesmo. Revejo como tenho guiado minha vida e sustentado as escolhas que faço (ou me fazem aceitarem) e o sentimento que mais me perturba é um desconforto. Não chego a uma conclusão que me satisfaça. O que realmente valeu a pena?

A efemeridade das coisas é um fato. Afinal se a própria vida é efêmera, os pequenos capítulos e personagens que a compõe só poderiam ser ainda mais. É. Não. Não me sinto conformada com essa simples constatação, até porque tempo é relativo e essa relatividade complica na minha vida. Qual o tempo necessário deve durar uma fase pra considerá-la válida?

Já ouvi de algumas pessoas que ousaram me definir que sou muito "razão". Não concordo. Desconheço alguém com tamanha capacidade de romantizar cenas, relações, decepções e tudo que envolveria uma típica comédia romântica. Não mais com príncipes e finais felizes (essa fase ficou pra trás há um bom tempo). Mas idealizo uma história mais duradoura do que as que tenho vivido ultimamente e que ao fim não me deixa com essa angustiante sensação de que não foi o bastante, que uma sequência estreiará em breve.

Não visualizo uma estréia tão breve. E não quero que seja breve.


Que dure o tempo necessário e que valha a pena.

Processo de modernização nos anos 70

Postado por Tatiana Rodrigues | terça-feira, maio 20, 2008 | 1 comentários »

A década de 70 foi uma época intensa no Brasil. O país que até então era visto como basicamente rural, se vê diante de um crescimento acelerado nas cidades. Grande número de pessoas se transfere para essas áreas onde se observará um processo de modernização nunca visto até então.

A ditadura militar pode ser considerada como responsável por esses avanços, uma vez que para “mascarar” os horrores da época, os militares viam nos elementos tecnológicos e produtos importados uma forma de encantar o povo e mantê-los alheios a todos os problemas sociais e econômicos pelos quais passava o país.

A chegada e popularização da televisão é um dos pontos mais marcantes dessa modernidade que “batia à porta” dos brasileiros, como mostrou o filme “Bye Bye Brasil” de Carlos Diegues.

Na produção, protagonizada por José Wilker, a “Caravana Rolidei”, uma espécie de circo itinerante, que percorre as cidades mais pobres do Brasil, se vê ameaçada pela chegada da televisão nessas populações, onde o povo, encantando com a novidade não tem olhos para suas apresentações.

A cada viagem uma nova e decepcionante surpresa. A caravana perdia de vez o seu espaço e o que se observava era a tomada pelo progresso. Índios perdendo suas identidades naturais e entregues ao mundo capitalista, a coca-cola conquistando o seu lugar, a floresta Amazônica sendo destruída em nome da “evolução”.

O filme é uma crítica clara a esse processo de modernização de forma irônica e até mesmo “escrachada” ao estilo “American Way of life” que estava nascendo na nação Tupiniquim.

Um trecho...

Postado por Tatiana Rodrigues | domingo, maio 04, 2008 | 1 comentários »

"Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar e te beijar de novo"
(Para relembrar um pouco do show - Nando Reis - N)

Estamos sempre na espera de algo como se o
presente nunca fosse o bastante e o futuro fosse nos saciar.
Fato que não acontece. É sempre a espera incessante de algo.
Mas que algo é esse?
Pois é, muitas vezes nem nós mesmos sabemos o que tanto esperamos que chegue.
Lutamos contra o tempo (o invencível) e mesmo nessa incansável e perdida luta não sabemos qual é o troféu tão almejado.
O tempo voa, as situações se modificam, os personagens são outros, os desejos mudam
mas as expectativas e dúvidas sempre permanecem.
É assim.. Sim!