Talvez com fases de ciclos ainda mais reduzidos e bem mais acentuadas que simples mudanças de "crescente" para "cheia".
Devo confessar que não é algo que me agrada e que cada transformação de fase é feita com tranquilidade e alegria.
Me encontro em um desses momentos que sinto dificuldade de expressar, aliás, de entender mesmo. Revejo como tenho guiado minha vida e sustentado as escolhas que faço (ou me fazem aceitarem) e o sentimento que mais me perturba é um desconforto. Não chego a uma conclusão que me satisfaça. O que realmente valeu a pena?
A efemeridade das coisas é um fato. Afinal se a própria vida é efêmera, os pequenos capítulos e personagens que a compõe só poderiam ser ainda mais. É. Não. Não me sinto conformada com essa simples constatação, até porque tempo é relativo e essa relatividade complica na minha vida. Qual o tempo necessário deve durar uma fase pra considerá-la válida?
Já ouvi de algumas pessoas que ousaram me definir que sou muito "razão". Não concordo. Desconheço alguém com tamanha capacidade de romantizar cenas, relações, decepções e tudo que envolveria uma típica comédia romântica. Não mais com príncipes e finais felizes (essa fase ficou pra trás há um bom tempo). Mas idealizo uma história mais duradoura do que as que tenho vivido ultimamente e que ao fim não me deixa com essa angustiante sensação de que não foi o bastante, que uma sequência estreiará em breve.
Não visualizo uma estréia tão breve. E não quero que seja breve.
Que dure o tempo necessário e que valha a pena.